Escondidinho.

As pessoas vivem se escondendo atrás de alguma coisa. O marido se esconde atrás da esposa. O filho mais velho se esconde atrás do mais novo e o mais novo atrás do mais velho e vivem culpando um ao outro achando que a solução está sendo resolvida assim. A vovó se esconde atrás do vovô, quando está com muita preguiça de ir aquele churrasco de domingo encontrar os pais do seu genro. As pessoas vivem assim, se escondendo ou se resguardando. Colocam á frente um fantoche e dá vida a ele mostrando para as outras o que querem que elas vejam e o pior é que as pessoas enxergam exatamente o que o fantoche transmite, é como ver um álbum no facebook de uma amiga com o namorado, viajando pelas ilhas gregas, passeios na fazenda uma foto mais linda que a outra. O intuíto é realmente esse. Mas você, mas do que ninguém que ouve toda semana a mesma ladainha da sua amiga você sabe bem o que se passa além de uma foto e outra. 

Entre uma foto e fantoches vemos cara! Cara bonitinha, rostinhos meigos, rostos desvairados, rostos diferentes. Mas e o seu coração? Não se esconda entre as fotos e os fantoches, ou esconda-se se quiser. Confesso,a brincadeirinha do pique-esconde é legal o ego grita sem jaulas e sem vestigios já a sua coragem (e a minha também!)é um gatinho preso em uma jaula de tigre e quando sabemos que existe amor do outro lado isso dá força ao ego e o gatinho vira um leão que não cabe dentro da jaula. A coragem não é a ausência do medo é conseguir andar sabendo do que se tem pela frente, e isso te prende? Não se preocupe porque isso me freia também. Mas o lance não é esse, é que confesso que sei o gosto de articular esses fantoches e sei  existem tantas coisas que realmente são legais e tem um sabor diferente, mas existe um espaço intercalado entre eles. A vida é muito curtinha para ficarmos escondidinhos, acredito que nem todas  as pessoas possuam esse perfil. Mas o negócio é que muitas pessoas pensam em ganhos e ritmos e outras querem dar mais sabor entre os espaços.